30 de dezembro de 2009

Nada

As hormonas revolvem-se no estômago. Sim ou Não?
Acabo por não decidir nada e deixo que decidam tudo por mim..
Sopro, bufo, grito, esperneio.
Espero um dia melhor,
um dia em que viva tudo de um só fôlego.
Quando é que a indecisão se vai embora?

29 de dezembro de 2009

Adeus

Escrevo-te mais este silêncio
Escrevo-te porque te perdi
Escrevo-te porque te perdi em mim.

Escrevo-te,
as saudades do teu toque,
do conforto dos teus braços
à volta da minha cintura.

Escrevo-te porque não to consigo dizer.
Não digo, apenas penso..
E se por um acesso de loucura o digo,
digo baixinho para que não me possas nunca ouvir.

Escrevo-te porque já não tenho mais razão
Nem sei se alguma vez tive.
Diz-me tu. Diz-me algo.

Suspira-me um segredo teu,
como se o que passou, nunca tivesse passado.

Escrevo-te, com a vontade de escrever-te sem fim,
um livro,
uma biblioteca,
só feita das nossas mágoas e dos nossos sorrisos;
feita de um nós que já não consigo lembrar..
Exististe? Amei-te? Amo-te?

Tudo pareceu de propósito sem nunca o ter sido.
Conta-me a tua história de mim,
para que te possa, um dia, dizer:
adeus.

25 de dezembro de 2009

O Estranho entranha-se

Montes acima pelo horizonte,
escalámos as nuvens em busca de nós.
Partimos numa manhã de nevoeiro em que alguém chegaria.

Andámos dias, meses.. anos dentro da nossa imaginação,
e sonhámos cores, sonhámos dores..
dauqelas que fazem rir,
como obtusas, teimosas
partidas de um destino duvidoso,
previsto por alguém que não fazia a minima ideia do que estava a fazer!
No fundo, ubuntu!
O tudo e o infinito demoram-se, numa dança quente,
energénica,
vibrante,
envolvente!

Continuo a querer aqui e agora. Resisto-me na imensidão dos odores. Até Já!

Natal

Passei pelas três casas da minha Lisboa, quantas sorrisos em quantas janelas!
Apenas não passei pelo lar original. O pássaro voa cada vez mais longe...
... longeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee...........................

O telefone toca.
O coração parte.
Vejo a alma cair-me aos pés.
Despida, Vazia.

O vento traz-me a infância dos bacalhaus,
tudo está no copo meio cheio,
ou no copo meio vazio.
Eu estou onde quero estar.
Feliz, não renuncio à família que,
todos os dias,
escolho.
Sim, escolho!

Restas-me tu, anjo..
Luz das minhas tardes ensolaradas.
Permaneces-me no sangue,
eternamente teu.
eternamente nosso, mana.

20 de dezembro de 2009

Verdades a esta hora não!

Só para contrariar o título... a verdade é que não me apetece fazer qualquer tipo de introspecções sejam elas profundas ou não. O que me tem andado a percorrer os caminhos desta minha alma (partindo do principio que ela existe...) não são sentimentos... são apenas vontades, apenas músicas. A que melhor me explica é esta:

Ohh, can't anybody see
We've got a war to fight
Never found our way
Regardless of what they say

How can it feel, this wrong
From this moment
How can it feel, this wrong

Storm.. in the morning light
I feel
No more can I say
Frozen to myself

I got nobody on my side
And surely that ain't right
And surely that ain't right

Ohh, can't anybody see
We've got a war to fight
Never found our way
Regardless of what they say

How can it feel, this wrong
From this moment
How can it feel, this wrong

How can it feel, this wrong
This moment
How can it feel, this wrong

Ohh, can't anybody see
We've got a war to fight
Never found our way
Regardless of what they say

How can it feel, this wrong
From this moment
How can it feel, this wrong


http://www.youtube.com/watch?v=gvGyJNK9p3Q

11 de dezembro de 2009

A Lisboa dos meus recantos



É neles que me escondo. É deles que renasço. Obrigado pela noite.

9 de dezembro de 2009

Confesso que tenho medo de vos perder e não sei o que hei-de fazer!

Consegui respirar de novo. A vida mudou. Vocês sabem disso. A importância das noites e dos chás e de tudo o resto tornou-se relativa ao vosso contentamento. Fogem-me as palavras para dizer aquilo que sinto. Fecho-me em copas à espera de sinais. Tentei durante algum tempo que o vento não nos soprasse em direcções opostas mas a vontade vossa nunca foi o suficiente. O apontar do dedo sempre foi mais forte que o amor que em tempos nos era tudo. E agora não sei falar e não sei estar. Ainda amo, e hei-de amar para sempre porque o vosso valor na minha vida é como que uma indicação do caminho e do exemplo a seguir. E sem ele é muito dificil viver. Na vossa ausência conquistei outros sóis e outras luas mas continuo tão sozinha como antes. Voces não. Lembrem-se de tudo porque já passamos. Eu lembro-me. E quanto mais me lembro mais tudo isto me parece um pesadelo. Estou aqui menz! E preciso de vocês. Espero que precisem de mim também.

7 de dezembro de 2009

Lisboa

A minha Lisboa é boa demais. Quero ficar aqui para sempre, fumando este cigarro, olhando este aqueduto! Agradeço-me a paciência. Não vou cair de novo.
Hoje vou sair da casca. Porque arriscar é preciso, e porque viver também.

Fénix

O amor é o único acto chocante que resta no planeta.
Ninguém usa a sua bandeira,
ninguém fala no seu nome.

Fecha-me os olhos e leva-me.
Leva-me a esse lugar estranho,
onde os rostos não tem alma
e os sorrisos não têm luz.

Transforma-me em gelo,
faz de mim um poço sem fundo..
Agora as pedras batem todas cá dentro.
E é úma dor impossível de suportar.
Matem-me mais uma vez.
Quero ser fénix.

6 de dezembro de 2009

Quem?

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

Quando o teu cheiro me leva às esquinas do vislumbre
E toda a verdade em ti é coisa incerta e tão vasta
Quem sou eu para negar que a tua presença me arrasta?
Quem és tu, na imensidão do deslumbre?

As redes são passageiras, as arquitecturas da fuga
De toda a água que corre, de todo o vento que passa
Quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
E vejo nascer no espelho mais uma ruga

Quando o tecto se escancara e se confunde com a lua
A apontar-me o caminho melhor do que qualquer estrela
Ninguém me faz duvidar que foste sempre a mais bela
Por favor, diz-me que és alguém, de novo?

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

2 de dezembro de 2009

Amarelo

Hoje quero musica no ouvido interno,
quero um sopro no coração,
com direito a lágrimas e tudo.

Fica-me o saber ainda sorrir,
o saber ainda amar.

Obrigado por todos os sorrisos e por todas as lágrimas!

o que me vai no ouvido interno e sisto:

http://www.youtube.com/watch?v=KLIboc0PFT8