Quando era pequena, imaginava sempre...
E imaginava, no intimo mais intimo dos meus pensamentos,
que um dia, pararia de crescer, ou pelo menos, que cresceria a um ritmo diferente.
Isto porque, crescer sempre me doeu,
(sempre soube maior que crescimento do meu corpo de miúda)
e imaginava eu,
que o medo, a duvida, os mil porques e porquês,
parariam também.
Hoje, porém, ainda duvido mais,
e duvido-me sempre todas as manhãs,
se algum dia,
este fardo de crescer, vai parar.
Pois se parasse, e é isso que desejo,
talvez conseguisse perceber,
que nunca foi um fardo,
sempre foi viver.
apenas foi viver a vida que talvez nunca tenha querido ter.