23 de junho de 2008

O Monstro da cadeira vazia

Era uma vez um mundo e muitas sementes...
E depois eram muitas pessoas...
E depois eram pessoas demais...
E por fim eram cadeiras vazias!

Eram cadeiras duras, frias, feias
Não eram confortáveis,
Nem confortavam...
Mas eram a minha companhia.

Já tinham sido quentes e amigas
E próximas, e afáveis!
E tinham sido o mais importante do mundo
Mas agora...

Já não eram nada...

Sobretudo aquela cadeira, já não era nada de bom!
Era o vazio e a invisibilidade decorrente da escuridão.

É o que fica, depois da espera e da partida...

Somente uma cadeira vazia (à excepção da ocupada)

17 de junho de 2008

No mundo secreto...

Das 9 as 5 tem sido o lema dos últimos meses. Acordar, levantar, estudar, estudar, alimentar o corpo e alma, estudar, estudar e estudar.
A palavra até que não custa a escrever. Já as acções derivadas da palavra... Ui ui...
E sim penso, "oh é mais um ano"... e que seja.... o que será depois? a festa acaba e vamos ser todos uns "billy bird" sem pouso (ainda mais do que já somos hoje)
Vocês vão começar agora, eles já começaram... Já partiram, já foram existir para outro lugar onde eu raramente coexisto!

Tenho ele e os eles e elas do dia-a-dia... mas e depois? custa acreditar que não vão todos também para esse sitio misterioso nesse mundo secreto onde a maior parte das vezes me é barrada a entrada!

Amigo e Amor! Duas das minhas palavras favoritas. Porque inspiram eternidade!

Bolas Marta sai lá do mundo ilusório e chama os bois pelos nomes! Apetece me gritar e concretizar a prévia frase... É impensável apagar do dicionário (e da memória) as duas palavras. Por muito que simplesmente sejam o nome de uma personagem interpretada por muitos actores, fazem parte sempre... e sem elas o que seria o mundo? quanto mais o mundo secreto?

o meu coraçãozinho isolado está se a dilacerar para tentar explicar e perceber este dilema.... fica para a próxima!

Bem Haja

9 de junho de 2008

Redemption Song

Calor até mais não... vento uivante... cabeça adormecida!

Já lá vão duas semanas em que já não sei o que é dormir e me movo a "remédios naturais". É sempre droga de qualquer forma.
Já lá vão três semanas em que a minha casa é esta janela e este céu sufocante. O que me vale é que as janelas são anti-suicidas...

Pus me a ouvir o Tio Bob... Relaxa me sempre o espírito, mas esta toucou no obscuro mais do que devia, acho eu...
É a habituação do corpo estranho na cama, do esquecimento dos corpos fundamentais (que já não o são... porque eu não quis, ou porque simplesmente não foram... não sei). É saber que vocês estão aí, que podia ter tudo, bastando para tal um gesto... E ainda assim não o fazer, e saber que num fôlego, podem deixar de estar. E saber o quão impotente eu sou perante todos esses factos factos aleatórios e impertinentes.

É estar dentro de todos as memórias do passado e nunca nas memórias em construção. As do presente. É ficar presa e tentar com um novo fôlego prosseguir e cantar todas essas coisas de liberdade e magia. E não saber se de facto estamos a começar a viver ou se simplesmente continuamos na nossa luta contra a inevitabilidade da morte...


Wont you help to sing these songs of freedom? Cause all I ever have: Redemption songs