19 de abril de 2010

Em Ácidos

Ofuscam-se os teus olhos nos meus,
não me escondo,
não me culpo,
nada me impede de ceder,
tudo me impele a nascer.

Todos os dias,
um de cada vez,
cada toque a derreter,
numa temperatura diferente.
Irreverente.

Dor latente...

de saber que temos segundos contados,
mas, à revelia do que é fluente,
morrer a cada beijo,
e ressuscitar sempre a cada olhar.

Luses ofuscantes de uma pista,
de corpos lívidos do alcóol
queimados pelo calor da gente.
E viajas. E eu viajo.
Nós viajamos.
Como se não houvesse amanhã

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