Quando era pequena, imaginava sempre...
E imaginava, no intimo mais intimo dos meus pensamentos,
que um dia, pararia de crescer, ou pelo menos, que cresceria a um ritmo diferente.
Isto porque, crescer sempre me doeu,
(sempre soube maior que crescimento do meu corpo de miúda)
e imaginava eu,
que o medo, a duvida, os mil porques e porquês,
parariam também.
Hoje, porém, ainda duvido mais,
e duvido-me sempre todas as manhãs,
se algum dia,
este fardo de crescer, vai parar.
Pois se parasse, e é isso que desejo,
talvez conseguisse perceber,
que nunca foi um fardo,
sempre foi viver.
apenas foi viver a vida que talvez nunca tenha querido ter.
22 de novembro de 2010
6 de outubro de 2010
Ás vezes
Ás vezes atrofio,
desejando intimamente que o mundo desapareça.
desejando intimamente que o mundo desapareça.
15 de setembro de 2010
Que é da terra que cheirava a doce?
A voz dentro de mim chora.
A voz fora de mim está calada.
A terra já nao cheira a doce,
(nas pontas dos meus pés),
sabe a amargo.
É esta a natureza do dia?
E onde está a cor da luz?
Se a luz não tem cor,
o tempo voa,
o espaço foge.
E o deserto instala-se.
E nunca mais se vai embora
A voz fora de mim está calada.
A terra já nao cheira a doce,
(nas pontas dos meus pés),
sabe a amargo.
É esta a natureza do dia?
E onde está a cor da luz?
Se a luz não tem cor,
o tempo voa,
o espaço foge.
E o deserto instala-se.
E nunca mais se vai embora
12 de setembro de 2010
18 de julho de 2010
Completa-mente
Estou na Índia.
Não tenho palavras para descrever,
o que este contraste tão estranho,
faz sentir na plenitude do meu ser.
Sinto-me completa aqui.
Finalmente.
Faltam-me as boas histórias,
das pessoas com quem quero permanecer.
Contadas nos olhos de quem sente,
que o tempo e pouco,
para tudo o que queremos viver.
Fechei os olhos finalmente.
Sonhei que estavas a dormir ao meu lado.
A aquecer os meus sonhos,
gelados do frio.
A realidade de viver aqui,
num quasi conto de fadas
é um puzzle,
onde faltam pequenas grandes peças,
que que, espero
no mais puro de mim,
se consigam completar.
E no meio da bagunça
que é a minha conjectura externa,
consigo estar surpreendente-mente,
feliz.
Abençoada por tanta riqueza.
Every dark cloud has a silver lining.
Não tenho palavras para descrever,
o que este contraste tão estranho,
faz sentir na plenitude do meu ser.
Sinto-me completa aqui.
Finalmente.
Faltam-me as boas histórias,
das pessoas com quem quero permanecer.
Contadas nos olhos de quem sente,
que o tempo e pouco,
para tudo o que queremos viver.
Fechei os olhos finalmente.
Sonhei que estavas a dormir ao meu lado.
A aquecer os meus sonhos,
gelados do frio.
A realidade de viver aqui,
num quasi conto de fadas
é um puzzle,
onde faltam pequenas grandes peças,
que que, espero
no mais puro de mim,
se consigam completar.
E no meio da bagunça
que é a minha conjectura externa,
consigo estar surpreendente-mente,
feliz.
Abençoada por tanta riqueza.
Every dark cloud has a silver lining.
19 de junho de 2010
Countdown - 12 dias
Estou a preparar a mala.
Aquela que vai guardada no meu coração.
De tudo, de todos. De mim.
Brevemente tudo vai mudar.
Despeço-me deliciada com a expectativa.
Aquela que vai guardada no meu coração.
De tudo, de todos. De mim.
Brevemente tudo vai mudar.
Despeço-me deliciada com a expectativa.
4 de junho de 2010
Expectation Management
Tenho uma balança no fundo dos meus olhos que mede,
mede sem parar,
incansavelmente,
até ao dia acabar.
Mede o amor, mede o ódio;
mede a razão, mede a loucura;
mede-me a cada passo que dou.
Faz-me saber onde estou.
Mas, tu vens.
E dizes-me que vens.
E eu perco-me,
numa nuvem de cinzas,
cremações de há milénios atrás.
Não sei o que esperar.
Não sei esperar.
Mas quero que venhas,
e me acordes.
Tenho andado a dormir!
Desperta-me os sentidos,
foca-te no meu gesto.
Acaricio-te
as cores,
os pormenores,
os olhares,
os pensamentos,
os ósculos.
Sempre e cada dia mais,
deslumbrada.
Ao amanhecer.
mede sem parar,
incansavelmente,
até ao dia acabar.
Mede o amor, mede o ódio;
mede a razão, mede a loucura;
mede-me a cada passo que dou.
Faz-me saber onde estou.
Mas, tu vens.
E dizes-me que vens.
E eu perco-me,
numa nuvem de cinzas,
cremações de há milénios atrás.
Não sei o que esperar.
Não sei esperar.
Mas quero que venhas,
e me acordes.
Tenho andado a dormir!
Desperta-me os sentidos,
foca-te no meu gesto.
Acaricio-te
as cores,
os pormenores,
os olhares,
os pensamentos,
os ósculos.
Sempre e cada dia mais,
deslumbrada.
Ao amanhecer.
1 de junho de 2010
The Hardest Part
Já me tinha esquecido do peso da tristeza no meu coração.
Já não me lembrava a que sabem,
as lágrimas,
de dor, de paixão, de impotência, de amor.
The Hardest Part
(aqui)
And the hardest part
Was letting go not taking part
Was the hardest part
And the strangest thing
Was waiting for that bell to ring
It was the strangest start
I could feel it go down
Bittersweet I could taste in my mouth
Silver lining in the clouds
Oh and I
I wish that I could work it out
And the hardest part
Was letting go not taking part
You really broke my heart
And I tried to sing
But I couldn't think of anything
And that was the hardest part
I could feel it go down
You left the sweetest taste in my mouth
You're a silver lining the clouds
Oh, and I
Oh, and I
I wonder what it's all about [x2]
Everything I know is wrong
Everything I do it just comes un done
And everything is torn apart
Oh and thats the hardest part
That's the hardest part
Yeah, thats the hardest part
That's the hardest part
Coldplay
Já não me lembrava a que sabem,
as lágrimas,
de dor, de paixão, de impotência, de amor.
The Hardest Part
(aqui)
And the hardest part
Was letting go not taking part
Was the hardest part
And the strangest thing
Was waiting for that bell to ring
It was the strangest start
I could feel it go down
Bittersweet I could taste in my mouth
Silver lining in the clouds
Oh and I
I wish that I could work it out
And the hardest part
Was letting go not taking part
You really broke my heart
And I tried to sing
But I couldn't think of anything
And that was the hardest part
I could feel it go down
You left the sweetest taste in my mouth
You're a silver lining the clouds
Oh, and I
Oh, and I
I wonder what it's all about [x2]
Everything I know is wrong
Everything I do it just comes un done
And everything is torn apart
Oh and thats the hardest part
That's the hardest part
Yeah, thats the hardest part
That's the hardest part
Coldplay
30 de maio de 2010
Espelho meu
Que sejamos bue sempre o espelho um do outro,
reflectes me a minha imagem
reflicto te a tua imagem
sabes sempre de mim,
e eu de ti,
sabemos sempre de nós.
Nós demos um nó,
entrelaçamos ambas linhas de vida.
Faremos de dois caminhos um só.
E seremos mais fortes por isso.
Porque nos temos.
reflectes me a minha imagem
reflicto te a tua imagem
sabes sempre de mim,
e eu de ti,
sabemos sempre de nós.
Nós demos um nó,
entrelaçamos ambas linhas de vida.
Faremos de dois caminhos um só.
E seremos mais fortes por isso.
Porque nos temos.
29 de maio de 2010
Tico & Teco
Perdi o Teco. Ganhei o Tico.
Eternamente. Como se não houvesse amanhã.
E não há. Nem tempo, nem espaço.
O meu amanhã serás sempre tu.
Eternamente. Como se não houvesse amanhã.
E não há. Nem tempo, nem espaço.
O meu amanhã serás sempre tu.
20 de maio de 2010
Quando anoitece é o vazio que se apodera de mim. E dói.
E a leveza fica 600 quilos mais pesada. E dói.
E a leveza fica 600 quilos mais pesada. E dói.
3 de maio de 2010
Porque eu só quero quem eu sempre quis.
26 de abril de 2010
Anjos & Demónios
Anjo
Numa destas madrugadas, passeava os meus cansados olhos pelos rostos e ruas conhecidas. Pousaram no desconhecimento absoluto. Repousaram no fundo dos teus olhos; aí permaneceram. Observando o reflexo de uma imagem de mim tão carinhosamente construída, o orgulho de uma vida completa encheu-me as faces de rubro. Acreditei piamente que alguém, bem longe daqui, num outro espaço, num outro tempo, tinha inventado e escrito toda a peça que as nossas personagens interpretaram de seguida. Todos os poros se abriram. Vulcanicamente ligados aos meus pulmões, toda eu era fogo, ar, terra, agua. Toda eu eras tu. Todo tu eras eu. Cada olhar faz-me sorrir, cada toque arrepia-me, vibrando em todas as minhas células. Resisto-me neste amor bom. Amor daqueles que só acontece uma vez. Como tem sido revisto nesses mass media defensores dos contos de fadas. "Não é possível ser mais feliz" disse eu. Na manhã seguinte percebi que não era assim. A cada segundo que passava fui sendo mais, mais, e mais, e mais... feliz! E agradeço-te e reconheço-te em cada esquina, a cada sopro do vento que despenteia o meu cabelo, a cada raio de sol que queima a minha pele de inverno. A cada noite que passa, eu sou mais tua e tu és mais meu. E assim quero ficar para sempre.
Demónio
Era noite. Breu escuro onde brilhava, solitariamente, a estrela. Ansiosa acabei por demorar-me na felicidade que me consumia. Parei, gelei, paralisei. Senti-me a desfazer, enquanto caia, cada vez mais fundo. Já não ouvia vozes, já não via sorrisos. Já não conseguia sorrir. Afastava-se cada vez mais, a luz da estrela que me iluminava nessa noite. Caí desamparadamente no centro da terra. Fantasmas, vampiros, zombies passeavam as suas horríveis figuras, convidando-me a entrar no mundo dos mortos. Ou dos demi-mortos, pelo menos. Mil almas surgiram da minha. Perseguiram-me com histórias, com memórias, de coisas trágicas que se foram passando de há mil anos para cá. Tenho frio. Tenho medo. Não vejo nada à minha volta. Apenas eu e as minhas disformes almas. Voltei à realidade que sempre conheci. Não sou mais do que um grão de areia. Não sou energia. Não tenho décima primeira dimensão. Nada vive dentro de mim. Sinto a minha pele rodeando uma criatura nua, suja e velha que vive no meu cérebro. Esconde-se, pequena, no canto mais escuro do meu interior. Tudo o resto já não existe. Não são órgãos, nem sangue, nem ossos. É pó. De uma fénix que ardeu até à exaustão.
Quem sou eu?
Não sei se quero saber.
Numa destas madrugadas, passeava os meus cansados olhos pelos rostos e ruas conhecidas. Pousaram no desconhecimento absoluto. Repousaram no fundo dos teus olhos; aí permaneceram. Observando o reflexo de uma imagem de mim tão carinhosamente construída, o orgulho de uma vida completa encheu-me as faces de rubro. Acreditei piamente que alguém, bem longe daqui, num outro espaço, num outro tempo, tinha inventado e escrito toda a peça que as nossas personagens interpretaram de seguida. Todos os poros se abriram. Vulcanicamente ligados aos meus pulmões, toda eu era fogo, ar, terra, agua. Toda eu eras tu. Todo tu eras eu. Cada olhar faz-me sorrir, cada toque arrepia-me, vibrando em todas as minhas células. Resisto-me neste amor bom. Amor daqueles que só acontece uma vez. Como tem sido revisto nesses mass media defensores dos contos de fadas. "Não é possível ser mais feliz" disse eu. Na manhã seguinte percebi que não era assim. A cada segundo que passava fui sendo mais, mais, e mais, e mais... feliz! E agradeço-te e reconheço-te em cada esquina, a cada sopro do vento que despenteia o meu cabelo, a cada raio de sol que queima a minha pele de inverno. A cada noite que passa, eu sou mais tua e tu és mais meu. E assim quero ficar para sempre.
Demónio
Era noite. Breu escuro onde brilhava, solitariamente, a estrela. Ansiosa acabei por demorar-me na felicidade que me consumia. Parei, gelei, paralisei. Senti-me a desfazer, enquanto caia, cada vez mais fundo. Já não ouvia vozes, já não via sorrisos. Já não conseguia sorrir. Afastava-se cada vez mais, a luz da estrela que me iluminava nessa noite. Caí desamparadamente no centro da terra. Fantasmas, vampiros, zombies passeavam as suas horríveis figuras, convidando-me a entrar no mundo dos mortos. Ou dos demi-mortos, pelo menos. Mil almas surgiram da minha. Perseguiram-me com histórias, com memórias, de coisas trágicas que se foram passando de há mil anos para cá. Tenho frio. Tenho medo. Não vejo nada à minha volta. Apenas eu e as minhas disformes almas. Voltei à realidade que sempre conheci. Não sou mais do que um grão de areia. Não sou energia. Não tenho décima primeira dimensão. Nada vive dentro de mim. Sinto a minha pele rodeando uma criatura nua, suja e velha que vive no meu cérebro. Esconde-se, pequena, no canto mais escuro do meu interior. Tudo o resto já não existe. Não são órgãos, nem sangue, nem ossos. É pó. De uma fénix que ardeu até à exaustão.
Quem sou eu?
Não sei se quero saber.
22 de abril de 2010
Quero te tanto dizer te tantas coisas...
Asas servem para voar,
Para sonhar, ou para planar
Visitar, espreitar, espiar,
Mil casas do ar.
As asas não se vão cortar;
Asas são para combater,
Num lugar infinito no vacuo,
Para respirar o ar.
As asas são
Para proteger, te pintar
Não te esquecer,
Visitar-te, olhar-te, espreitar-te
Bem alto do ar.
E só quando quiseres pousar
Da paixão que te roer,
É um amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar.
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer.
Mas só quando quiseres pousar
Da paixão que te roer,
É um amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar.
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer.
Não vejo leis para te prender
Acontença o que acontecer.
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer...
Para sonhar, ou para planar
Visitar, espreitar, espiar,
Mil casas do ar.
As asas não se vão cortar;
Asas são para combater,
Num lugar infinito no vacuo,
Para respirar o ar.
As asas são
Para proteger, te pintar
Não te esquecer,
Visitar-te, olhar-te, espreitar-te
Bem alto do ar.
E só quando quiseres pousar
Da paixão que te roer,
É um amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar.
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer.
Mas só quando quiseres pousar
Da paixão que te roer,
É um amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar.
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer.
Não vejo leis para te prender
Acontença o que acontecer.
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer...
Fénix Féliz
Hoje estou feliz.
Estou feliz por ti.
Estou feliz por mim.
Todos os meus poros se abrem,
... em sorrisos.
Sempre sorrisos,
sempre tu.
O "estalo" gigante que só tu me dás.
Não tenho sono, nem fome, nem sede.
quero apenas permanecer no teu olhar,
quero apenas,
sacudir-te, acordar-te,
pôr a vida a fluir em ti,
e sorrir.
e rir até me doerem as bochechas.
Estou feliz por ti.
Estou feliz por mim.
Todos os meus poros se abrem,
... em sorrisos.
Sempre sorrisos,
sempre tu.
O "estalo" gigante que só tu me dás.
Não tenho sono, nem fome, nem sede.
quero apenas permanecer no teu olhar,
quero apenas,
sacudir-te, acordar-te,
pôr a vida a fluir em ti,
e sorrir.
e rir até me doerem as bochechas.
19 de abril de 2010
Em Ácidos
Ofuscam-se os teus olhos nos meus,
não me escondo,
não me culpo,
nada me impede de ceder,
tudo me impele a nascer.
Todos os dias,
um de cada vez,
cada toque a derreter,
numa temperatura diferente.
Irreverente.
Dor latente...
de saber que temos segundos contados,
mas, à revelia do que é fluente,
morrer a cada beijo,
e ressuscitar sempre a cada olhar.
Luses ofuscantes de uma pista,
de corpos lívidos do alcóol
queimados pelo calor da gente.
E viajas. E eu viajo.
Nós viajamos.
Como se não houvesse amanhã
não me escondo,
não me culpo,
nada me impede de ceder,
tudo me impele a nascer.
Todos os dias,
um de cada vez,
cada toque a derreter,
numa temperatura diferente.
Irreverente.
Dor latente...
de saber que temos segundos contados,
mas, à revelia do que é fluente,
morrer a cada beijo,
e ressuscitar sempre a cada olhar.
Luses ofuscantes de uma pista,
de corpos lívidos do alcóol
queimados pelo calor da gente.
E viajas. E eu viajo.
Nós viajamos.
Como se não houvesse amanhã
15 de abril de 2010
Beleza
Fazes uma directa para ficar a rir de coisas num ecrã de computador;
As tuas mãos tremem antes de um beijo;
Dás comida a patinhos recém nascidos;
Atrofias com kizomba;
Marcas o teu passo ao som do teu mp3;
Fascinas-me dia após dia.
Fazes do meu mundo um lugar mais bonito para se viver!
As tuas mãos tremem antes de um beijo;
Dás comida a patinhos recém nascidos;
Atrofias com kizomba;
Marcas o teu passo ao som do teu mp3;
Fascinas-me dia após dia.
Fazes do meu mundo um lugar mais bonito para se viver!
13 de abril de 2010
"Quando avanças por um caminho, estás sempre de costas voltadas para outro"
Não tenho coragem.
Não tenho as palavras que te façam perceber
os arrepios que a tua presença grava na minha pele.
Tenho que o dizer em voz alta.
Tenho que to dizer ao ouvido.
Não consigo.
Sonho que vais continuar aqui.
E eu vou continuar aqui.
Neste banco de jardim,
onde o tempo parou.
O tempo pára e nesse "não tempo" que passa,
o que se vai passando consome-me de êxtase.
Pela nossa passagem nas vidas que temos.
Porque é tudo perfeito e tudo faz sentido.
Quando estás aqui.
Que me sejam perdoados,
os crimes que cometo neste instante.
Os do romantismo.
Também os mereço.
Não tenho as palavras que te façam perceber
os arrepios que a tua presença grava na minha pele.
Tenho que o dizer em voz alta.
Tenho que to dizer ao ouvido.
Não consigo.
Sonho que vais continuar aqui.
E eu vou continuar aqui.
Neste banco de jardim,
onde o tempo parou.
O tempo pára e nesse "não tempo" que passa,
o que se vai passando consome-me de êxtase.
Pela nossa passagem nas vidas que temos.
Porque é tudo perfeito e tudo faz sentido.
Quando estás aqui.
Que me sejam perdoados,
os crimes que cometo neste instante.
Os do romantismo.
Também os mereço.
29 de março de 2010
Leve
Batem leve, levemente,
Como quem,
batem por mim.
São as horas das ruas mortas,
e da cerveja sem gás.
Do alto da colina,
à margem do Rio.
Aqueduto dos tempos livres,
das manhãs fluorescentes,
das palavras dormentes,
dos rabiscos a florescer.
A perder de vista em águas mil,
um dia destes.
A virtude aniquila o poder.
Como quem,
batem por mim.
São as horas das ruas mortas,
e da cerveja sem gás.
Do alto da colina,
à margem do Rio.
Aqueduto dos tempos livres,
das manhãs fluorescentes,
das palavras dormentes,
dos rabiscos a florescer.
A perder de vista em águas mil,
um dia destes.
A virtude aniquila o poder.
22 de março de 2010
Garantia
O charme de um cigarro bem fumado acompanha a nostalgia de um vinho do porto amadurecido; vêm, ambas, bater-me à porta dos fundos. É um coelho, e a vida é um buraco. Quanto mais vamos caindo, mais vamos vendo. Mais vamos sonhando, mais vamos vivendo! E vou diminuir, e vou crescer, e vou diminuir, e vou crescer...
fluentemente.
Como se não houvesse amanhã.
Como se a vida fosse uma noite de sábado
e
a morte um amanhecer de domingo.
(Ponto final)
fluentemente.
Como se não houvesse amanhã.
Como se a vida fosse uma noite de sábado
e
a morte um amanhecer de domingo.
(Ponto final)
19 de março de 2010
Aprende!
Onde estão as vozes ocas da magia do desconhecido?
Onde está aquela fotografia,
aquele prato,
aquela musica no meu ouvido?
Tantas vezes prometido.
Ainda esquecido..
Como o tempo que ainda não vivemos juntos,
e do qual já nos esquecemos.
Promessas ocas leva-as o vento.
Onde está ele?
Onde está aquela fotografia,
aquele prato,
aquela musica no meu ouvido?
Tantas vezes prometido.
Ainda esquecido..
Como o tempo que ainda não vivemos juntos,
e do qual já nos esquecemos.
Promessas ocas leva-as o vento.
Onde está ele?
Existencialismo
As questões pairam no ar pisado das memórias,
procuro ligações, conexões, confusões.
nada surge no vácuo,
nada se eterniza no preenchimento de uma vida vazia.
procuro ligações, conexões, confusões.
nada surge no vácuo,
nada se eterniza no preenchimento de uma vida vazia.
15 de março de 2010
Coisas materiais que são mais imateriais que materiais
a garrafa de aguardente que o meu avo tão carinhosamente me encheu directamente da pipa;
O "the essential guide to india" que a Nina me ofereceu apenas porque sim;
a echarpe dos 20 anos;
o marco que comprei com o Barrera;
o maço de tabaco amachucado pelo meu eterno Hélder;
o badge que diz Marta Domingos, e que carinhosamente representa tudo o que mudei no ultimo ano, visto pelos olhos da Joaninha;
a foto das 4 no miradouro de s.pedro quando a vida ainda era quase perfeita;
o relógio que marca o tempo que passa desde que decidi amar;
o isqueiro night fever;
a ex-caixa de bombons garoto devoradissima no s20 nos tempos da desinfestação, soon to be caixa de rolhas de todas e mais algumas garrafas bebidas e por beber;
a caixa cor de rosa desviada de um chines pela Carla;
O "the essential guide to india" que a Nina me ofereceu apenas porque sim;
a echarpe dos 20 anos;
o marco que comprei com o Barrera;
o maço de tabaco amachucado pelo meu eterno Hélder;
o badge que diz Marta Domingos, e que carinhosamente representa tudo o que mudei no ultimo ano, visto pelos olhos da Joaninha;
a foto das 4 no miradouro de s.pedro quando a vida ainda era quase perfeita;
o relógio que marca o tempo que passa desde que decidi amar;
o isqueiro night fever;
a ex-caixa de bombons garoto devoradissima no s20 nos tempos da desinfestação, soon to be caixa de rolhas de todas e mais algumas garrafas bebidas e por beber;
a caixa cor de rosa desviada de um chines pela Carla;
19 de fevereiro de 2010
Medida
Fazes-me perder botões,
derrubar estátuas,
debater-me com percursos noctívagos...
perder-me mais um bocadinho,
num laço de alguém,
num infinito de quase-promessas,
num copo,
meio vazio...
meio cheio,
que nunca encontra o sítio certo.
"Aqui e agora, este é o melhor lugar do mundo"
derrubar estátuas,
debater-me com percursos noctívagos...
perder-me mais um bocadinho,
num laço de alguém,
num infinito de quase-promessas,
num copo,
meio vazio...
meio cheio,
que nunca encontra o sítio certo.
"Aqui e agora, este é o melhor lugar do mundo"
6 de fevereiro de 2010
Vida
A arvorezinha voltou à vida e já tem rebentos novos.
O pimenteiro chinês voltou a cheirar a pimenta.
As verdes folhas suas são magnificas a cada instante!
O pimenteiro chinês voltou a cheirar a pimenta.
As verdes folhas suas são magnificas a cada instante!
4 de fevereiro de 2010
Ser ou Não Ser?
Durante algum tempo fui fingindo que não doía, fui fingindo que não sabia. Fui dizendo que nem queria saber.
Fui feliz assim... e nem importa que tenha sido assim, importa apenas que fui feliz.
Mas não consigo enganar-me mais. Já não sinto nada aqui no músculo cardíaco. Então percebi que é por isso que não tenho escrito. É por isso que importa agora que não tenho sido feliz como quero. Não tenho sequer escolhido ser feliz. E essa é a maior escolha
Então, peço-me desculpa por esta apatia virulenta gástrica...
e prometo escolher melhor, e quem sabe, ser feliz.
*Fotografia de David Gibson
20 de janeiro de 2010
Embriaga-te
"Devemos andar sempre bêbados.
É a única solução.
Para não sentires o tremendo fardo do tempo que te pesa sobre os ombros e te verga ao encontro da terra, deves embriagar-te sem cessar.
Com vinho, com poesia, ou com a virtude.
Escolhe tu, mas embriaga-te.
E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas de uma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez atenuada, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que se passou, a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala; pergunta-lhes que horas são: "São horas de te embriagares. Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem descanso. Como vinho, com Poesia. ou com a virtude".
Charles Baudeleire
É a única solução.
Para não sentires o tremendo fardo do tempo que te pesa sobre os ombros e te verga ao encontro da terra, deves embriagar-te sem cessar.
Com vinho, com poesia, ou com a virtude.
Escolhe tu, mas embriaga-te.
E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas de uma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez atenuada, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que se passou, a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala; pergunta-lhes que horas são: "São horas de te embriagares. Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem descanso. Como vinho, com Poesia. ou com a virtude".
Charles Baudeleire
19 de janeiro de 2010
Homens Maus
Só ficou o frio do Inverno.
Num novo dia, o homem perderá a cauda.
Todos os vícios serão acabados.
Mas, por enquanto,
nada é certo,
Somente...
Entre muros,
Dentro do espelho,
em inglês Stud, ou
em latim carnibus,
Só resiste a este frio o verdadeiro animal.
Já estes senhores,
como donos da palavra que são
vêm-nos dizer algo bom,
através da sua canção.
Porque,
Pelo lado de dentro,
Somos todos Homens Maus!
Num novo dia, o homem perderá a cauda.
Todos os vícios serão acabados.
Mas, por enquanto,
nada é certo,
Somente...
Entre muros,
Dentro do espelho,
em inglês Stud, ou
em latim carnibus,
Só resiste a este frio o verdadeiro animal.
Já estes senhores,
como donos da palavra que são
vêm-nos dizer algo bom,
através da sua canção.
Porque,
Pelo lado de dentro,
Somos todos Homens Maus!
Oh, I'll be the one
Oh I'll be the one to break my heart
I'll be the one who'll break my heart
I'll be the one who'll break my heart
I'll end it thought you started it
*Feist / I Feel It All
I'll be the one who'll break my heart
I'll be the one who'll break my heart
I'll end it thought you started it
*Feist / I Feel It All
18 de janeiro de 2010
14 de janeiro de 2010
Id(entidades)
Para tudo na vida há codigos, regras, protocolos... Afirmações estúpidas de uma (id)entidade que, durante a maior parte do tempo, desconhecemos. Quando tudo falha, resta isso, a regra que te mantém ileso, como a supercola 3 com que colas uma jarra chinesa que partiste por desleixo. Mas, e quando, quebras também essas regras? O que é que fica? Os bocados da jarra? Ou a intacta memória da sua forma original? Não sei fazer novas regras nem criar novas id(entidades) por isso, não te sei dizer o porquê de não conseguir seguir em frente. Apenas sei descrever e chorar o que aconteceu, e cada vez mais, friamente. Como se a memória da jarra, também ela, fosse deixando de ser minha.
7 de janeiro de 2010
História de uma Gaivota e do Gato que A Ensinou a Voar
de Luís Sepúlveda
Fotografia por Patrícia Ferreira
"É muito fácil aceitar e gostar dos que são iguais a nós, mas fazê-lo com alguém diferente é muito dificil, e tu ajudaste-nos a consegui-lo. És uma gaivota e tens de seguir o teu destino de gaivota. Tens de voar. Quando o conseguires, ditosa, garanto-te que serás feliz, e então os teus sentimentos para connosco e os nossos para contigo serão mais intensos e belos , porque será a amizade entre seres totalmente diferentes"
Fotografia por Patrícia Ferreira
"É muito fácil aceitar e gostar dos que são iguais a nós, mas fazê-lo com alguém diferente é muito dificil, e tu ajudaste-nos a consegui-lo. És uma gaivota e tens de seguir o teu destino de gaivota. Tens de voar. Quando o conseguires, ditosa, garanto-te que serás feliz, e então os teus sentimentos para connosco e os nossos para contigo serão mais intensos e belos , porque será a amizade entre seres totalmente diferentes"
5 de janeiro de 2010
Lago
As primeiras estrelas da noite,
aparecem no brilho luminoso
da agua escura
Choro. Porquê? Não sei.
Talvez porque nada é errado e nada é certo.
Tudo é diferente e indiferente.
Acompanha-me um vagabundo como eu,
ele também chora
aparecem no brilho luminoso
da agua escura
Choro. Porquê? Não sei.
Talvez porque nada é errado e nada é certo.
Tudo é diferente e indiferente.
Acompanha-me um vagabundo como eu,
ele também chora
Reviravolta
Apesar do lado negro da vida estar muito ao de cima, bem como aquelas queixas que dizem que faço, no fundo eu sou uma optimista. Porque ainda luto, e não desisto nunca de nada. Eu estou aqui, tu não!
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