3 de abril de 2009

Poema a duas mãos - Segundo

Vou desfolhando a estrada da vida
cantando o silêncio de quem deixei.
Na calçada perdida, para trás
olhgo e lembro o que não agarrei.

Aquilo que não me arrependo...
Orgulho-me!
Orgulho-me do sol na minha cara...
Orgulho-me de tudo o que não fiz!
Tudo para ser feliz!

Pedras que rodam de encontro ao meu passado, como
rio contrariado

Um pássaro que aterra em direcção ao céu... Um pássaro que talvez viva,
só para voar...
Sem comer e sem dormir
Voar!

Mas tudo era alto demais
Na praia da vida as ondas encalham
A areia finge-se imparcial
As sombras baralham
e eu
não te consigo querer mal,

porque te amo!
Sem saber o que é amar
corro sem saber o que é andar

Mas minto-me a saber o que é enganar...
porque o amor,
dá mais voltas que um nó...
de um barco que navega contra o vento.
Porque o amor é a imensidão de um mar

Kaleidoskópio & Sengo