13 de novembro de 2008

No meio do circo.... é assim que flui:

Pensamento 1
Esta é uma daquelas noites em que parece que parei no tempo! Fiz mais.... Voltei tanto tempo atrás, que parece difícil conseguir voltar. é um luto intermitente.. O triste do luto é que sem querer acabo por estar de negro por mim. Ainda ontem disse a alguém que o preto é confortável.. Mas acho que não! Só se for para os junkies, aqueles do passado.

Pensamento 2
Vais estar aqui quando eu acordar dos meus sonhos bons! Se isto fosse o céu, tu eras o diabo... E eu?
Será que sou o anjinho em cima do ombro? Ou o da mão? E o do cão? É a besta.

Pensamento 3
Se não estiver sempre comigo, não estou bem. Muito menos contigo. Então não me peças o impossível.

Pensamento 4
É o Árctico, e eu sou um cubo de gelo a ferver!! É o cúmulo do suportável!

Pensamento 5
Vocês sabem porquê? Eu não sei se quero saber, nem sei se sou quem quero ser! Muito menos quem digo ser!

E assim continuou.

23 de julho de 2008

In The Jungle, The Mighty Jungle

Sai do meu campo de observação.
Cá estou eu outra vez. Desta vez, por mais tempo. Mais do que devia.

Nesta selva, não há timons e pumbas, nem hakunas matatas. Há instinto. E às vezes sobrevivência.

Preocupo me contigo...
porque estás longe, e...
porque vais estar longe.

E eu sou o ultimo ser da cadeia alimentar. Posição complicada.

Vivo em tuneis, com medo.
Na escuridão infeliz...

Promete-me que voltas!
Eu prometo que espero!

23 de junho de 2008

O Monstro da cadeira vazia

Era uma vez um mundo e muitas sementes...
E depois eram muitas pessoas...
E depois eram pessoas demais...
E por fim eram cadeiras vazias!

Eram cadeiras duras, frias, feias
Não eram confortáveis,
Nem confortavam...
Mas eram a minha companhia.

Já tinham sido quentes e amigas
E próximas, e afáveis!
E tinham sido o mais importante do mundo
Mas agora...

Já não eram nada...

Sobretudo aquela cadeira, já não era nada de bom!
Era o vazio e a invisibilidade decorrente da escuridão.

É o que fica, depois da espera e da partida...

Somente uma cadeira vazia (à excepção da ocupada)

17 de junho de 2008

No mundo secreto...

Das 9 as 5 tem sido o lema dos últimos meses. Acordar, levantar, estudar, estudar, alimentar o corpo e alma, estudar, estudar e estudar.
A palavra até que não custa a escrever. Já as acções derivadas da palavra... Ui ui...
E sim penso, "oh é mais um ano"... e que seja.... o que será depois? a festa acaba e vamos ser todos uns "billy bird" sem pouso (ainda mais do que já somos hoje)
Vocês vão começar agora, eles já começaram... Já partiram, já foram existir para outro lugar onde eu raramente coexisto!

Tenho ele e os eles e elas do dia-a-dia... mas e depois? custa acreditar que não vão todos também para esse sitio misterioso nesse mundo secreto onde a maior parte das vezes me é barrada a entrada!

Amigo e Amor! Duas das minhas palavras favoritas. Porque inspiram eternidade!

Bolas Marta sai lá do mundo ilusório e chama os bois pelos nomes! Apetece me gritar e concretizar a prévia frase... É impensável apagar do dicionário (e da memória) as duas palavras. Por muito que simplesmente sejam o nome de uma personagem interpretada por muitos actores, fazem parte sempre... e sem elas o que seria o mundo? quanto mais o mundo secreto?

o meu coraçãozinho isolado está se a dilacerar para tentar explicar e perceber este dilema.... fica para a próxima!

Bem Haja

9 de junho de 2008

Redemption Song

Calor até mais não... vento uivante... cabeça adormecida!

Já lá vão duas semanas em que já não sei o que é dormir e me movo a "remédios naturais". É sempre droga de qualquer forma.
Já lá vão três semanas em que a minha casa é esta janela e este céu sufocante. O que me vale é que as janelas são anti-suicidas...

Pus me a ouvir o Tio Bob... Relaxa me sempre o espírito, mas esta toucou no obscuro mais do que devia, acho eu...
É a habituação do corpo estranho na cama, do esquecimento dos corpos fundamentais (que já não o são... porque eu não quis, ou porque simplesmente não foram... não sei). É saber que vocês estão aí, que podia ter tudo, bastando para tal um gesto... E ainda assim não o fazer, e saber que num fôlego, podem deixar de estar. E saber o quão impotente eu sou perante todos esses factos factos aleatórios e impertinentes.

É estar dentro de todos as memórias do passado e nunca nas memórias em construção. As do presente. É ficar presa e tentar com um novo fôlego prosseguir e cantar todas essas coisas de liberdade e magia. E não saber se de facto estamos a começar a viver ou se simplesmente continuamos na nossa luta contra a inevitabilidade da morte...


Wont you help to sing these songs of freedom? Cause all I ever have: Redemption songs

24 de maio de 2008

Entre A Chuva Dissolvente

Dou comigo na corrente,
Desta gente que se arrasta...
E o que foi feito de ti... Marta?
Será que ainda te lembras do que fizeram por ti?

Tarde de engodo... vida de engodo (todos somos engodos uns dos outros) e eu acho que quero regressar... São muitos pés, são pés de mais e nenhuns me servem para caminhar, para chegar onde tenho que chegar.
Talvez os teus. Talvez.
Hoje não há optimismo que me chegue, nem amor que seja suficiente para me aliviar as saudades.

O mundo ao contrário? O meu mundo ao contrário? Eu, ao contrário do mundo?

Só sei que fica tarde e eu tenho que ir... ir... IR!

Se a vontade, o gosto e o desejo não chegam então estará tudo ao contrário?

Restam-me os ecos, a paciência, o silêncio ensurdecedor e a graça de saber sobreviver! (uma mão cheia de nada)

19 de maio de 2008

Segundo

À Sara e ao Pedro,

Mais uma vez aqui
Cada vez menos aqui
Cada vez mais, num outro lugar...
Qualquer (outro que não este)
Outro, que não tudo o que foi
O Próspero Passado

Sonhas com aventuras,
Correr o mundo num só fôlego;
Sonhas com a vida que nunca tiveste;
Sonhas com noites mais adúlteras;
E com céus mais azuis...
Pensas no que seria
Se não estivesses aqui...
Mas num outro lado qualquer

Imaginas...
Que o quadro que pintaste
Tivesse sido com outras cores,
Que a música que idealizaste
Com outras notas,
Que as noites que viste passar
Tivessem conhecido outras estrelas,
Que o mundo não fosse o mundo,
Que a droga não fosse a mesma,
Que o ritmo fosse diferente,
Que as palavras se soltassem
Num outro dialecto,
Que os teus olhos fossem menos,
Que o teu corpo latejasse menos,
Que as portas fossem menos,
Que o chão debaixo de ti
Fugisse num piscar de olhos...

Sonhas com o dia
Em que não tenhas que acordar
Mas em que sentes,
Por todos os poros
O calor...
De uma paixão, ou de um crime

Esperas...
Pelos dias e pelas noites,
Pelos minutos e incansavelmente, pelos segundos.
Em que o amor esteja em todos os lugares
Que a tua mente percorre
E em todos os gritos
Que fazem o teu sangue estremecer.

Pacientemente, tens esperado,
Por esse amor,
Por um amor,
Pelo Amor

Mais ainda estás aqui
E cada passo que dás
Se transforma numa pegada
Mais funda. E cinzenta.

Eram vocês e agora sou eu. Vocês.... desapareceram. Vou desaparecer também

Primeiro

Há dois anos que junto uma compilação estranha de textos, poemas, músicas, excertos de pedaços de pensamentos... Há dois anos que escrever se tornou mais que uma paixão, tornou-se fundamental.
Mais um blog na blogosfera das vidas intimas, ou das vidas promiscuas de cada um... Mais um, mas este é meu.
E é um hino a todas as pessoas que já encontrei no caminho, a todas aquelas que me apetece encontrar amanhã ou num dia próximo. É uma ode, a vida e aos caminhos sinuosos em que ás vezes nos encontramos... ao freakshow que é a humanidade, enjaulada num parecer, cada vez mais superior a um ser... ao percurso que fiz e aos percursos que assisti da minha janela. São perguntas e respostas, são dúvidas e esperanças, é o dia e a noite, as 24h de lua e de sol, de azuis claros e azuis escuros.

Entre o Circo e o Sol... porque estou entre muito, entre muita muita coisa. E porque a palavra chave é efemeridade, e porque efemeridade é o que acontece quando se busca mais do que aquilo que se consegue e se suporta, e quando o mundo à nossa volta, é genocídio constante.