30 de dezembro de 2009

Nada

As hormonas revolvem-se no estômago. Sim ou Não?
Acabo por não decidir nada e deixo que decidam tudo por mim..
Sopro, bufo, grito, esperneio.
Espero um dia melhor,
um dia em que viva tudo de um só fôlego.
Quando é que a indecisão se vai embora?

29 de dezembro de 2009

Adeus

Escrevo-te mais este silêncio
Escrevo-te porque te perdi
Escrevo-te porque te perdi em mim.

Escrevo-te,
as saudades do teu toque,
do conforto dos teus braços
à volta da minha cintura.

Escrevo-te porque não to consigo dizer.
Não digo, apenas penso..
E se por um acesso de loucura o digo,
digo baixinho para que não me possas nunca ouvir.

Escrevo-te porque já não tenho mais razão
Nem sei se alguma vez tive.
Diz-me tu. Diz-me algo.

Suspira-me um segredo teu,
como se o que passou, nunca tivesse passado.

Escrevo-te, com a vontade de escrever-te sem fim,
um livro,
uma biblioteca,
só feita das nossas mágoas e dos nossos sorrisos;
feita de um nós que já não consigo lembrar..
Exististe? Amei-te? Amo-te?

Tudo pareceu de propósito sem nunca o ter sido.
Conta-me a tua história de mim,
para que te possa, um dia, dizer:
adeus.

25 de dezembro de 2009

O Estranho entranha-se

Montes acima pelo horizonte,
escalámos as nuvens em busca de nós.
Partimos numa manhã de nevoeiro em que alguém chegaria.

Andámos dias, meses.. anos dentro da nossa imaginação,
e sonhámos cores, sonhámos dores..
dauqelas que fazem rir,
como obtusas, teimosas
partidas de um destino duvidoso,
previsto por alguém que não fazia a minima ideia do que estava a fazer!
No fundo, ubuntu!
O tudo e o infinito demoram-se, numa dança quente,
energénica,
vibrante,
envolvente!

Continuo a querer aqui e agora. Resisto-me na imensidão dos odores. Até Já!

Natal

Passei pelas três casas da minha Lisboa, quantas sorrisos em quantas janelas!
Apenas não passei pelo lar original. O pássaro voa cada vez mais longe...
... longeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee...........................

O telefone toca.
O coração parte.
Vejo a alma cair-me aos pés.
Despida, Vazia.

O vento traz-me a infância dos bacalhaus,
tudo está no copo meio cheio,
ou no copo meio vazio.
Eu estou onde quero estar.
Feliz, não renuncio à família que,
todos os dias,
escolho.
Sim, escolho!

Restas-me tu, anjo..
Luz das minhas tardes ensolaradas.
Permaneces-me no sangue,
eternamente teu.
eternamente nosso, mana.

20 de dezembro de 2009

Verdades a esta hora não!

Só para contrariar o título... a verdade é que não me apetece fazer qualquer tipo de introspecções sejam elas profundas ou não. O que me tem andado a percorrer os caminhos desta minha alma (partindo do principio que ela existe...) não são sentimentos... são apenas vontades, apenas músicas. A que melhor me explica é esta:

Ohh, can't anybody see
We've got a war to fight
Never found our way
Regardless of what they say

How can it feel, this wrong
From this moment
How can it feel, this wrong

Storm.. in the morning light
I feel
No more can I say
Frozen to myself

I got nobody on my side
And surely that ain't right
And surely that ain't right

Ohh, can't anybody see
We've got a war to fight
Never found our way
Regardless of what they say

How can it feel, this wrong
From this moment
How can it feel, this wrong

How can it feel, this wrong
This moment
How can it feel, this wrong

Ohh, can't anybody see
We've got a war to fight
Never found our way
Regardless of what they say

How can it feel, this wrong
From this moment
How can it feel, this wrong


http://www.youtube.com/watch?v=gvGyJNK9p3Q

11 de dezembro de 2009

9 de dezembro de 2009

Confesso que tenho medo de vos perder e não sei o que hei-de fazer!

Consegui respirar de novo. A vida mudou. Vocês sabem disso. A importância das noites e dos chás e de tudo o resto tornou-se relativa ao vosso contentamento. Fogem-me as palavras para dizer aquilo que sinto. Fecho-me em copas à espera de sinais. Tentei durante algum tempo que o vento não nos soprasse em direcções opostas mas a vontade vossa nunca foi o suficiente. O apontar do dedo sempre foi mais forte que o amor que em tempos nos era tudo. E agora não sei falar e não sei estar. Ainda amo, e hei-de amar para sempre porque o vosso valor na minha vida é como que uma indicação do caminho e do exemplo a seguir. E sem ele é muito dificil viver. Na vossa ausência conquistei outros sóis e outras luas mas continuo tão sozinha como antes. Voces não. Lembrem-se de tudo porque já passamos. Eu lembro-me. E quanto mais me lembro mais tudo isto me parece um pesadelo. Estou aqui menz! E preciso de vocês. Espero que precisem de mim também.

7 de dezembro de 2009

Lisboa

A minha Lisboa é boa demais. Quero ficar aqui para sempre, fumando este cigarro, olhando este aqueduto! Agradeço-me a paciência. Não vou cair de novo.
Hoje vou sair da casca. Porque arriscar é preciso, e porque viver também.

Fénix

O amor é o único acto chocante que resta no planeta.
Ninguém usa a sua bandeira,
ninguém fala no seu nome.

Fecha-me os olhos e leva-me.
Leva-me a esse lugar estranho,
onde os rostos não tem alma
e os sorrisos não têm luz.

Transforma-me em gelo,
faz de mim um poço sem fundo..
Agora as pedras batem todas cá dentro.
E é úma dor impossível de suportar.
Matem-me mais uma vez.
Quero ser fénix.

6 de dezembro de 2009

Quem?

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

Quando o teu cheiro me leva às esquinas do vislumbre
E toda a verdade em ti é coisa incerta e tão vasta
Quem sou eu para negar que a tua presença me arrasta?
Quem és tu, na imensidão do deslumbre?

As redes são passageiras, as arquitecturas da fuga
De toda a água que corre, de todo o vento que passa
Quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
E vejo nascer no espelho mais uma ruga

Quando o tecto se escancara e se confunde com a lua
A apontar-me o caminho melhor do que qualquer estrela
Ninguém me faz duvidar que foste sempre a mais bela
Por favor, diz-me que és alguém, de novo?

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

2 de dezembro de 2009

Amarelo

Hoje quero musica no ouvido interno,
quero um sopro no coração,
com direito a lágrimas e tudo.

Fica-me o saber ainda sorrir,
o saber ainda amar.

Obrigado por todos os sorrisos e por todas as lágrimas!

o que me vai no ouvido interno e sisto:

http://www.youtube.com/watch?v=KLIboc0PFT8

28 de novembro de 2009

Sôfrego

Meia dúzia de palavras bastaram para se estabelecer o laço. Meia dúzia de charros o transformaram. Passou a algo sem nome e sem rosto. Morreu num beijo e ressuscitou num sopro do vento de inverno. Abriu-se me o peito. Soltou-se me a alma! O corpo ficou pairando sobre o teu vazio, disposto a acolher-me. O momento adensou-se num trilho de emoções por descobrir. Agora quero mais e não sei como parar. Chama-me. Desta vez vou.

25 de novembro de 2009

Folga

Hoje apeteceu me escrever que não me apetece escrever nada que valha apena ler.
Apenas isto.

23 de novembro de 2009

Praticamente Demente

O Grito já vinha a calhar!
O "pó caralho" do tempo dos peste & sida,
e dos contentores e das cervejas na parte de trás de camiões.
- é o perder-me em mim própria, tendo que,
quase sempre sair de mim. Para encontrar-me a seguir.

Reencontrar-me sempre.
Recuperar a fénix, e o caleidoscópio. E todas as outras,
entidades desconhecidas.

Rouba-me aquele beijo de novo. Mata-me.
Interrompem-me o espirito e a confiança.
Foge me o sorriso, foge me a alma.
O fumo flui na direcção do vento, quero ir...
Viajar e ficar por lá - num lugar
onde as estrelas não se contam,
e os raios de sol são tão benéficos para a saúde como os raios de luar!
Dá-me o teu lado lunar.

(folêgo de missão cumprida)

16 de novembro de 2009

Estou Além

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde

Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder

Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar
A minha forma
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou

15 de novembro de 2009

Quero

Um abraço,
Sorriso,
Luz,
Alma,
Vida,
Paz,
Chocolate,
Amêndoas,
Castanhas e frutas de natal.

Está-me nas veias, e estou-me nas tintas;
não quero mais ser o passado apagado
de nenhum nome esquecido.
Quero. Quero. Quero...

morrer e voltar de novo,
reencarnada num qualquer dorso,
de um qualquer albatroz!

As minhas asas são infinitamente maiores,
que o pequeno dorso,
do meu pequeno albatroz.

14 de novembro de 2009

21

Só naquela decidi mudar o nome do blog. Agora já são 21 luas e 21 sóis nascentes. E que cada dia sejam mais.

Ubuntu*

13 de novembro de 2009

A fatia do bolo

Obrigado pela canção.
O coração pia fininho
A razão perde-se nos anais de conversas desfiadas.
Que nem papel rasgado ao vento,
Letras raptadas, separadas.

Gosto de chegar a casa
e de todas as madrugadas
Gosto de ouvir os pássaros rodopiar.
Quero mais do mesmo.
E quero mais sempre.
Não me esgotem os minutos.
A contagem é final - um dia destes como quem não quer a coisa...

até decido ganhar juízo!
Por agora exaspero-me em auto-divertimento
folgo graciosamente todos os desafios que,
se me surgem,
causam embaraço em toda a gente.
Faz parte. É a minha parte.

12 de novembro de 2009

Medo

Na sétima rua do acaso, libertei o dragão aprisionado. Demorava-se já a longa noite. Perdi o sabor desta lágrima. Não sei se ela existiu. Não sei se me senti viva, tão pouco se ouvi a música a dizer-me «dança». Não gsosto desta estranheza na pele. Provoca--me arrepios de desconfiança. Alguèm me pode abanar. O frio tá a começar a fazer-me congelar e o aquecedor está estragado.

31 de outubro de 2009

Indochina

Masi uma vez o despertador tocou às 10 em ponto. Mais umas quantas vezes olhei pela janela, vi a luz, e pensei... ah e tal, só mais um bocadinho. Posto isto o acordar tem sido por volta das duas ou três. Porém, hoje, em vez do despertador, o telemóvel tocou. Num ápice puz me de pé e acordei.
Depois vieram mundos e fundos para me colocar no devido lugar a tempo. Consegui. 1 rídiculo minuto de atraso! Seguiu-se toda a panóplia do habitual. Duas, três crises existências, meia dúzia de piadinhas secas e pronto. Hora da pausa. Entre um cigarro e outro veio a confusão e um pânico muito díficil de entender. E depois a decisão. E abri-me de preconceitos. Deieti-os todos a um Ganges invisivel no qual, de seguida me banhei. É a Indochina de novo. Aqui bem perto. De mim.

28 de outubro de 2009

Açúcar dos dias

Fogem me as palavras. Esconde-se a coragem. Faltam-me os abraços.
Sinto dor e não sei de onde vem. Sinto-me a ser excluída da minha vida.
As minhas acções tornam-se obtusas, absurdas... Teimosas para todos os demais. Queria chorar, queria berrar, barafustar contra o mundo. Mas não sou capaz. Sei que não está para mim ninguém que me ouça. Ninguém que me veja. Queria teimar em evitar este desaparecimento de mim, esta invisibilidade que me transcende. Mas farto-me às vezes, de dar sem receber.

Tento chegar a toda a parte, e me parece que cada vez, me afasto e me perco mais. Sem qualquer açúcar dos dias.

25 de outubro de 2009

Voz

As perguntas vieram. Apareceram-me numa merda de um e-mail, porque a coragem nunca é demais quando se está somente diante de um ecrã. A questão é que para mim, já não há perguntas, quanto mais, respostas. Cheguei ao limite.

O limite é já não valer a pena. Mais não sei dar, não quero dar. Torcem-se me as entranhas num nó difuso e perturbado.

Estou a beber. Quero fumo. Quero atulhar-me de impurezas e depois limpar tudo como se começasse uma nova vida. Um novo dia pelo menos.

24 de outubro de 2009

Mundo

Mundo.
faz-se devagarinho,
sopra-me ao ouvido,
só mais esta canção!

Aquelas algeres notas do coração,
espasmos mariquitas de contentação.
Maravilhas da física e química do adn,
corpos mutilados, empilhados, presos,
como numa interminável canção.

Sonha o sopro do vento,
no ouvido teu.
Afoga as lágrimas.
Corre, foge do tempo.
Deixa sempre que o tempo fuja de ti.
Como quem luta por algo que pertence ao céu,
num infinito de estrelas que ainda ninguém,
se atreveu a contar.

22 de outubro de 2009

Transatlântico

Bebi do sangue envenenado desse copo que me estendias. Os estilhaços partiram- no escuro do breu da noite. A lãmina cortou o pé. O pé fraquejou e os ossos também. Viajou uma neura até o coração, e ele partiu. Impedioso com tamanho ímpeto. Monstrusoso e belo ao mesmo instante. Vinha luz de toda a parte, irradiando de todos os seres, de toda a parte. A concha fechou, escondendo a pérola que anteriormente brilhava. O céu apagou-se das estrelas e até das luas. Hoje soltei uma dessas bestas passadas e soube ligeiramente bem. Como que molho agridoce num paladar desconceptualizado.

21 de outubro de 2009

Digno

É digno de referência. Amei-te.

Grande

Hoje conheci Gobby,
saxofonista de profissão,
vagueou de Nova Iorque a São Francisco
três tristes anos fechado na ideia de Europa
na caixa quadrada dos filmes de Quentin Tarantino,
desejando apenas um ouvido, uma canção,
de quem acredita que não há não!

De quem,
de seus olhos fárois apreciaram a beleza,
de seus cabelos brancos em pele preta,
manchada pela sujidade das ruas;
sujidade das pessoas que nela passam,
e, na poluiçao que deixam como rasto eterno.
Essa substância é contaminação constante,
é sermos fetos e puros, e ao nascermos,

começarmos sempre a morrer.

15 de outubro de 2009

Para a Nóia?

Hoje sai-me da casca,

nasci pintainha outra vez,

com as peninhas intocadas

de uma qualquer depenadora de frangos

Toda a gente tem cascas, as vezes até de várias camadas. Também é isso que me entristece neste individualismo a que decidimos chamar de sociedade!

Hoje não tenho casca! Hoje sou pintainha livre com as peninhas intocadas!

13 de outubro de 2009

Maré Auspiciosa

Não tenho escrito porque não tenho tido tempo,
não tenho tido tempo para sentir,
nem os doces, nem os amargos
nem as noites!
E muito menos os dias.

Enrola-se a névoa dos obscuros segundos
num turbilhão, de tudo e,
ao mesmo tempo, de coisa nenhuma
e passam-se os dias e as noites até chegar a manhã,
Tardam-se as conversas que ardem em cigarros
Tarda-se a vontade de adormecer.

Esse apatia muda do ser-se homem,
e deixa o mundo ao acaso...
Aceso de si mesmo e dos perfumes das árvores,
do piar dos matinais pardais
que vagarosamente despertam para a clareza dos dias.

A mania, está em querer ter tudo não tendo nada
A magia também.


7 de outubro de 2009

Enlouquecer

É ver o mundo a avançar por uma corrente invisivel, sem rumo e sem medida.
Loucamente como se houvesse um qualquer tipo de eldorado no final. E eu pergunto de quê?

Da vida?
A minha loucura reside no achar que quem "existe" assim, não vive!

Sou eu contra o mundo dos invisiveis, das conversas iguais e dos sorrisos de conveniencia, das amizades espacio-temporais e dos amores em versão flash (tipo concertos vodafone - aparecem e desparecem)

Hoje, alguém me disse "admiro-te por saberes amar" - em mim foi o alivio no meio da batalha, a primeira vez que não me senti louca no meio de toda a loucura dos outros, a primeira vez que senti que o "ser eu", o tentar "não me corromper" vale a pena.

Não vivemos sozinhos. Não quero nunca "esquecer-me" disto. Por isso o escrevo. Porque acredito.

30 de setembro de 2009

Zeitgeist

de Fernando Pinto do Amaral

Os meus contemporâneos falam muito
e dizem: «Então é assim»,
com o ar desenvolto de quem se alimenta
do som da própria voz, quando começam
a explicar longamente as actuais tendências
das artes ou das letras ou das sociedades
a pouco e pouco iguais umas às outras
neste primeiro mundo que nascemos,
agora que o segundo deixou de existir
e que o terceiro, mais guerra, menos fome,
continua abstracto, em folclore distante.

Parece que está morta a metafísica
e que a verdade adormeceu, sonâmbula,
nos corredores vazios onde às escuras
se vão cruzando alguns milhões de frases
dos meus contemporâneos. Todavia,
falam de tudo com entusiasmo
de quem lança «propostas» decisivas
e percorre as «vertentes» de novos caminhos
para a humanidade, enquanto saboreiam
a cerveja sem álcool, o café
sem cafeína e sobretudo
o amor sem amor, pra conservarem
o equilíbrio físico e mental

Os meus contemporâneos dizem quase sempre
que não são moralistas, e é por isso
que forçam toda a gente, mesmo quem não quer,
a ser livre, saudável e feliz:
proíbem o tabaco e o açúcar
e se por vezes sofrem, tomam comprimidos
porque a alegria é uma questão de química
e convém tê-la a horas certas, como
o prazer vigiado por preservativos
e outros sempre obrigatórios cintos
de segurança, pra que um dia possam
sentir que morrem cheios de saúde.

Quando contemplo os meus contemporâneos
entre as conversas trendy e os lugares da moda,
«tropeço de ternura», queria ser
pelo menos tão ingénuo como eles,
partilhar cada frémito dos lábios,
a labareda vã das gargalhadas
pela madrugada fora. No entanto,
assedia-me a acédia de ficar
assim , mais preguiçoso do que um Oblomov
à escala portuguesa - ó doce anestesia
a invadir-me o corpo, a libertar-me
desse feitiço a que se chama o « espírito
do tempo» em que vivemos, sob escombros
de um céu desmoronado em mil pequenos cacos
ainda luminosos, virtuais
estrelas que se apagam e acendem
à flor de todos os écrans
que os meus contemporâneos ligam e desligam
cada dia que passa, nunca se esquecendo
de carregar nas teclas necessárias
para a operação «save»
e assim alcançarem a eternidade.


28 de setembro de 2009

Tábua Rasa

Fingir que nada se sabe
é o primeiro passo para algo se saber

Aprender e desaprender
é o ciclo do crescer,
e do teimar,
em não desaparecer

Sermos almas plenas
É nunca as termos por pequenas

A transcendência, essa
vai ficando pelos areais das praias desertas
dos nossos sonhos. Breves.
Como a chama que sempre se apaga
quando a vela arde até ao fim

27 de setembro de 2009

Optimismo?

Descobri porque é que às vezes funciono como se tivesse um martelo em meu poder, e martelo, martelo... Sendo a dor deveras insuportável, continuo, no entanto, a martelar. Mais e mais.

A questão é que quando paro, o alivio e a tranquilidade valem por tudo o resto. Lembra-me a frase do Benjamin Lébert (Crazy - a história de um jovem):

" Se não existissem trevas nunca saberias o que significa a luz"

25 de setembro de 2009

Voltar

Só para dar continuidade às histórias que são vão contando nas entrelinhas deste blog,

o verão acabou, a tortura também.
sobrevivi.
encaro uma nova fase com uma mesma Marta de sempre

vou sorrindo devagar com medo que o escuro regresse
descubro que a cautela é inimiga da felicidade

na parte boa do ditadizinho da treta "o que não nos mata, torna-nos mais fortes":
abro-me, aceito, perdôo. Mais eu acho. E acho que isso é bom.

Estou a voltar a mim devagarinho. Tenhamos paciência.

26 de agosto de 2009

Loucura

Loucura precisa-se. Sema mais quês ou porquês. Obrigado Ricardo.

"Não importa
Se às vezes tudo é breve como um sopro
Não importa se for uma gota só
De loucura
Que faça oscilar o teu mundo
E desfaça a fronteira
Entre a lua e sol"

Mafalda Veiga

www.madsubculture.com

17 de agosto de 2009

Desabafo

Quero rir, quero um carinho para me encher o peito... Quero sol e mar e praia. Quero mais que isto

5 de agosto de 2009

Teimosia

Era deixar te um livro em branco cheio dos silencios que ainda sinto

17 de julho de 2009

Lusitana

Amaldiçoa-me o passado,
pesa-me o futuro,
foge-me o presente.

É karma desta alma moribunda que é a alma portuguesa.
"Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado"



Nota: um obrigado gigante à meia duzia de palavras que me alimentaram a alma moribunda; e aos ouvidos deste(s) mundo(s) que ouvem os meus silêncios :)

16 de julho de 2009

Arte e Magia ou Utopia e Des(Ilusão)

"A arte é o que liberta o Homem das amarras do sistema e o torna Ser Humano.

A arte é como se fosse algo perfeito diante da realidade imperfeita."

By Sophya~


Arte é isto e muito mais... Magia é "joy to the world"... O resto é demais para se pronunciar, para se admitir ou para se escrever aqui. Resta o desejo:

All I Need Is A Little Time,
To Get Behind This Sun And Cast My Weight,
All I Need Is A Peace Of This Mind,
Then I Can Celebrate.

All In All There's Something To Give,
All In All There's Something To Do,
All In All There's Something To Live,
With You ...

All I Need Is A Little Sign,
To Get Behind This Sun And Cast This Weight Of Mine,
All I Need Is The Place To Find,
And There I'll Celebrate.

All In All There's Something To Give,
All In All There's Something To Do,
All In All There's Something To Live,
With You ...

Air

De volta ao abismo

Aquela casa lá no meio do nada é a minha calma no meio da tempestade; é o vazio que preciso no meio das coisas todas que possuo. É encontrar-me, perdendo-me.
Agora, com a vida a endireitar-se nas linhas tortas que um deus desconhecido traçou na folha de papel que é (supostamente) a minha vida, é difícil viver lá. O meu dia-a-dia já não me pertence, antes eu pertenço-lhe - à cidade... É a minha Lisboa e ter uma varanda e uma chávena de chá, ou um milka de qualquer espécie... é ter os meus problemas e poder dizê-los sem medo; é poder sorrir simplesmente porque está sol. É ter quatro ouvidos e quatro ombros quando estes fazem falta. E a falta que me fazem.

Lá, naquela casa, nada disto me é possível. Aqui neste refugio urbano sou mil vezes maior do que dentro daquelas paredes. Lá sou pequena (em diminuição constante). Desapareço a cada segundo.

E depois são todas as memórias de escolhas - talvez erradas - que me mostram quão diferente poderia ser a minha vida. Dois meses de sobrevivência. Alguém que me deseje sorte. Vou precisar.

11 de julho de 2009

Zen

Reconheço, agradeço! Retribuo com o que sou. Estou onde quero estar, com quem quero estar! Foram os sonhos que me fizeram chegar aqui, são eles que haverão de me libertar do que me prende! A imensidão do ser-se humano corrompe e distorce a realidade das coisas e dos momentos da nossa vida. Como desejei há algum tempo, a claridade das ideias matinais chegou. Trouxe todas as suas bagagens e vai-se instalando confortavelemente em mim. Estou tranquila. Basta-me.

7 de julho de 2009

Ausência

Tenho-o sabido aos poucos através de detalhes de momentos da minha vida. Hoje consigo dizê-lo, sem dor e sem remorso; tudo o que sei, foi o silêncio que me ensinou.

4 de julho de 2009

A ideia de Europa

A ideia de Europa é uma lua a brilhar, num mar de céu pouco estrelado. A cidade brilha mais que ela.

1 de julho de 2009

Finalizar (te)

The only real human response to the atrocities of our age is not literature, with the redemptive powers it has always been assumed to have, but silence.

George Steiner's Language and Silence

30 de junho de 2009

Sextos sentidos

Dás-me a vontade
Dás-me o ouvido
De arrancar músicas ao ar
Na tempestade
Madeira e vidro
Saberão como não quebrar
As chamas trinco
No gelo ardido
São formas muitas de amar
Depois dos cinco
O sexto sentido
Saberá tudo entrelaçar
É por tudo o que em nos corre
Que se vive e que se morre
Meu sangue sinto
Que à terra desce
E no teu corpo o seu lugar
Dentro do instinto
Tudo o que cresce
É boa forma de amar
É por tudo o que em nós corre
Que se vive e que se morre
Eu toco, eu fujo, eu volto, eu passo
Giro nos teus seis sentidos
Eu desço à terra e subo ao espaço
Agarrado aos seis sentidos

Silence 4 & Sérgio Godinho

29 de junho de 2009

Nexus & Elites

(acerca de George Steiner)

"Estar à vontade no mundo da cultura significa estar à vontade em muitos mundos, muitas linguagens: estar à vontade na história das ideias, na literatura, na música, na arte. Requer erudição e a capacidade de ver as relações existentes entre os vários mundos: o nexus.

Há uma relação entre linguagem e politica, entre cultura e sociedade. Para compreender os desenvolvimentos culturais, para ver que ideias vigoram e quais as consequencias que terão, é indispensavel uma reflexão filosofico-cultural.

É essencial ser elitista - mas no sentido original da palavra: assumir responsabilidade pelo «melhor» do espirito humano. Uma elite cultural deve ter responsabilidade pelo conhecimento e preservação das ideias e dos valores mais importantes, pelos clássicos, pelo significado das palavras, pela nobreza do nosso espirito. Ser elitista, como explicou Goethe, significa ser respeitador: respeitador do divino, da natureza, dos nossos congéneres seres humanos, e, assim, da nossa própria dignidade humana."

Rob Riemen, director do Nexus Institute

" A democracia deve ser praticada onde é apropriado. A formação cientifica, contudo, (...) implica a existência de um certo tipo de aristocracia intelectual"

Max Weber

28 de junho de 2009

Martin José Santos Domingues

Obrigado por teres a sensibilidade dos afectos que falta à maioria dos ditos "animais racionais"

Lock me or free me

Na maioria dos dias há o ódio, a revolta, a desilusão e a tentativa imensa de ser indiferente a tudo isto. Hoje amei-te outra vez como se ainda existíssemos um para o outro.

Apaguei te do meu telefone, apaguei te dos meus hábitos, dos meus problemas e das minhas alegrias. Só não consigo apagar te do meu passado nem de deixar de desejar te no meu futuro.

Sinto-te como se estivesse a dormir. Às vezes a sonhar, outras vezes a ter pesadelos e ainda outras como que a despertar para a consciência. Só queria acordar de vez, e ter a clareza das ideias matinais.

27 de junho de 2009

Causas da decadencia dos povos

Já o dizia Antero de Quental. Cento e tal anos depois... pouco ou nada mudou. Estava eu a tentar com isto inventar novas causas da decadencia dos povos.... mas enfim não me apetece. Já não há pachorra para tanta beduinice!

26 de junho de 2009

Cresci

Hoje senti a pele a esticar, e o cerebro a fervilhar. Mudei um bocadinho. Superei-te. Superei-me a mim. A minha altura aumentou. O meu peso também. E só eu é que posso ver, porque aos vossos olhos será sempre invisivel. Mas cresci.

23 de junho de 2009

Atrás de um grande homem....

"É observação constante que nada impera tanto sobre a índole do homem, posto que viciosa e grosseira, como as maneiras afáveis e os sentimentos benignos da mulher. Força irresistivel porque se insinua pela brandura e pela meiguice; força latente, porque actua sem mostrar-se, e exerce o seu poder sob mil formas diversas; força soberana, quando se humilha e debulha em lágrimas; solene e majestosa, quando em seus passageiros rasgos de altivez, se lhe tingem as faces de rubor, os olhos lhe cintilam chamas, e a boca prorrompe em sentida indignação - a mulher na plenitude do seu vigor natural, radiante de beleza e resplendente de virtude, é o arbitro supremo dos nossos destinos!"

Escreveu:
José Feliz Henriques Nogueira
(algures entre 1823 e 1858)

My only one

Like a flower waiting to bloom
Like a lightbulb in a dark room
I'm just sitting here waiting for you
To come home and turn me on

Like the desert waiting for the rain
Like a school kid waiting for the spring
I'm just sitting here waiting for you
To come on home and turn me on

My poor heart, it's been so dark since you been gone
After all, you're the one who turns me off
You're the only one who can turn me back on

My hi-fi's waiting for a new tune
The glass is waiting for some fresh ice cubes
I'm just sitting here waiting for you
To come on home and turn me on
Turn me on

Norah Jones

20 de junho de 2009

Permaneço

A trsteza vai e vem porque no fundo sabe que já nao pode ter esperança... Já o desejo de querer ser melhor...! Esse permanece.

19 de junho de 2009

Espelho meu, espelho meu...

Já la vai um tempinho que não me olhava ao espelho e perguntava ao reflexo "Quem és tu?"
Estranhamente, sorri e comecei a cantar isto:

I hate the world today
You're so good to me
I know but I can't change
tried to tell you but you look at me
like maybe I'm an angel underneath
innocent and sweet
Yesterday I cried
You must have been relieved to see the softer side
I can understand how you'd be so confused
I don't envy you
I'm a little bit of everything
all rolled into one

I'm a bitch, I'm a lover
I'm a child, I'm a mother
I'm a sinner, I'm a saint
I do not feel ashamed
I'm your hell, I'm your dream
I'm nothing in between
You know you wouldn't want it any other way

So take me as I am
This may mean you'll have to be a stronger man
Rest assured that when I start to make you nervous
and I'm going to extremes
tomorrow I will change
and today won't mean a thing

Just when you think you've got me figured out
the season's already changing
I think it's cool you do what you do
and don't try to save me

I'm a bitch, I'm a tease
I'm a goddess on my knees
when you hurt, when you suffer
I'm your angel undercover
I've been numbed, I'm revived
can't say I'm not alive
You know I wouldn't want it any other way

Alanis Morisette

(enfim... já lá vai um tempinho que não cantava isto, mas hoje é o que me faz sentido)

17 de junho de 2009

Hoje a alma não me flui. Parece que parei no tempo. Não estou para ninguém. Estou somente só para alguém. Quando vieres, se vieres, eu ainda estou no mesmo sitio.

15 de junho de 2009

Dor

Doi me a alma e doi me o corpo. Doi me falar e doi me pensar. Doi me tudo o que me aproxima deste mundo de espelhos, tudo o que dele nao me afasta. Doi me a coluna, as vertebras e os musculos do pescoço. Acho que estou cansada, não de mim, nem do que me faço rodear. Mas do resto.
Sinto saudades de quando achava que o mundo estava a distancia de pequenos gestos. Sinto saudades de querer, de desejar o mundo. Sinto saudades da minha ignorancia feliz. Sinto saudades daquelas preocupações da infancia "oh pai porque e que nao posso ir a festa de anos da nao sei quantas" e "oh mae nao quero comer sopa". Sinto saudades da minha pequenez em oposição ao mundo gigante.
Hoje sinto me grande, e sinto o mundo demasiado pequeno. Tudo é igual. O que muda os dias é a temperatura, o vento, a cor do céu e o que vestes em função disso tudo. De resto é sempre igual. Até as conversas já são iguais. A novidade, quando vem, se vem... transmite apenas uma apatia estupefacta, de tanto que já não a sabemos reconhecer, quanto mais valorizar. Entristece me tudo isto, entristece me poder escreve lo mas nao me atrever pronuncia lo.

13 de junho de 2009

Acreditar

Não há muito tempo, estava eu no meio de algo gigante, algo que me comia dia e noite, tipo parasita. Houve palavras e risos e carinho, e decidi expulsar o parasita e dar mais uma oportunidade aos "gestos de paz" que tanto apregoavas. Para quê?

Novamente fast food, agora não há em mim espaço, senão para a revolta. E esta é bem mais gigante que a primeira. É a revolta de ter acreditado e de novamente ter sido desiludida. Uma coisa é certa, não hás de ficar com mais nada de mim.

Apetece me atirar me dum lado qualquer, só para que o "nunca mais" realmente se concretize. Porque só pensado ou dito não é o suficiente para me fazer acreditar. Reconheço a minha fraqueza e a minha desconfiança. Mas não sou capaz de mais.

12 de junho de 2009

Society


Oh it's a mystery to me.
We have a greed, with which we have agreed...
and you think you have to want more than you need...
until you have it all, you won't be free.

Society, you're a crazy breed.
I hope you're not lonely, without me.

When you want more than you have, you think you need...
and when you think more then you want, your thoughts begin to bleed.
I think I need to find a bigger place...
cause when you have more than you think, you need more space.

Society, you're a crazy breed.
I hope you're not lonely, without me.
Society, crazy indeed...
I hope you're not lonely, without me.

There's those thinkin' more or less, less is more,
but if less is more, how you keepin' score?
It means for every point you make, your level drops.
Kinda like you're startin' from the top...
and you can't do that.

Society, you're a crazy breed.
I hope you're not lonely, without me.
Society, crazy indeed...
I hope you're not lonely, without me
Society, have mercy on me.
I hope you're not angry, if I disagree.
Society, crazy indeed.
I hope you're not lonely...
without me.


Eddie Veder

10 de junho de 2009

Desperdicio

Verme nojento que rastejas pela terra, que desperdicio de vida humana. Odeio intrinsecamente tudo o que tens, tudo o que és... é nojento saber que há um ser tão desprezivel nesta terra que me faça sentir todo o nojo que tu me fazes sentir por ter em tempos coexistido contigo nesse teu mundo roto, promiscuo, vazio como o teu cerebro de lombriga enterrado parasitariamente num qualquer intestino...

9 de junho de 2009

Força


O peso de um só corpo na força de um só braço. É por estas e por outras que tás lá.

Fast Food

"Somos cada vez mais uma sociedade de "zombies" como costumo de lhe chamar. Todos querem "comer" os cérebros uns dos outros. Comer porque já ninguém se quer dar ao trabalho de pensar por si próprio. Preferem que sejam os outros a pensar e depois sim de alguma forma "roubam" ideias ou o que quer que seja que lhes dê jeito ou que lhes seja útil para alguma coisa – estamos na era da vida fast food: desde que esteja pronto, nós comemos."

Tens razão. Se ninguém to disse, eu digo te. Só lamento que as coisas sejam mesmo assim.
Parece que te adivinhei...Há umas noites atrás escrevi isto.

Fascinada.
Com a estupidez da raça humana. Com o isolamento a que toda a gente se submete. Com a ausência de palavras simples e puras. Com a ausencia de gestos de paz. Já fomos macaquinhos, depois fomos macaquinhos sociais... e surgiu a sociedade, a evolução, e o progresso. Mas o que chamar ao que somos agora?

Como disse, estou fascinada. Tanta merda (lamento mas foi me impossivel caracterizar de outra forma)... em tão pouco tempo. Antes fossemos macaquinhos novamente.



8 de junho de 2009

Fazes me desejar casas e jardins...

There is a house built out of stone

Wooden floors, walls and window sills
Tables and chairs worn by all of the dust
This is a place where I don’t feel alone
This is a place where I feel at home

Cause, I built a home
for you .. for me

Until it disappeared
from me .. from you

And now it’s time to leave and turn to dust

Out in the garden where we planted the seeds
There is a tree as old as me
Branches were sewn by the color of green
Ground had arose and passed it’s knees

By the cracks of the skin I climbed to the top
I climbed the tree to see the world
When the gusts came around to blow me down
I held on as tightly as you held onto me
I held on as tightly as you held onto me

Cause, I built a home
for you .. for me

Until it disappeared
from me .. from you

And now, it’s time to leave and turn to dust

The Cinematic Orcherstra

http://www.youtube.com/watch?v=bjjc59FgUpg&feature=related

4 de junho de 2009

Olá

Hoje sou eu com mil migadouros de carne no cérebro, com abelhinas a zumbir nos ouvidos... Com são jões a baterem-me nos olhos. Com mil freqeuencias nos ouvidos, sem no entanto ouvir um pio.... Hoje, estou assim po deficente mental/ cansada / eh pa isto ta dificil (leia-se muito dificil)... epá muita confusão...

2 de junho de 2009

Para ti

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer

(Eugénio de Andrade)

Recorda quem já foste, recorda o que já viveste, recorda os caminhos que percorreste. Recorda o teu papel no(s) teu(s) mundo(s). 
Tu importas. Com toda a tua força, tu importas-me. E preocupo-me por sentir que  não te posso dar o meu ombro tantas vezes quanto gostaria. 
A luz e as trevas hão de sempre estar presentes... mas por muito que haja dias em que o sol parece que não brilha para nós, no teu fundo do teu ser, tu sabes que vale a pena. 
Estou contigo e hoje queria que soubesses isso.

31 de maio de 2009

Je ne sais quois

Hoje não sei... sinto assim um "je ne sais quois" de optimismo revigorante... nem as minhas tendências parvas para pensar em coisas que não interessam ser pensadas sobreviveram... Sempre que surgem, surge automaticamente um sorriso tipo "tasse bem". 
Acho que a culpa é do calor, mas também deriva do facto de pelo menos uma vez na vida ter visto coisas dificeis de ver com um olhar tranquilo.

Hoje sou eu e um "je ne sais quois" de algo mais!

30 de maio de 2009

Fun for me

Quatro paredes veraneantes contaram-me os seus segredos, enquanto eu contava os meus. Uma chama inundou o espaço, clareando as ideias. Os minutos passaram e logo anoiteceu, e as paredes veraneantes arrefeceram com a brisa do tejo... Uma gaivota passou e disse me olá. Eu respondi com um sorriso triunfalmente timido. Uma voz chegou através do chão.. perpetuou-se no sangue que me corre nas veias. E eu esperei o raiar da manhã.

Tudo estava novamente em chamas, claramente em chamas. Radiosas e Brilhantes. Fui lá fora. Vi o sol e depois vi tudo às manchas e percebi a importancia dos filtros na nossa vida. E depois o corpo cansado veio; e sujo, purificou-se com a luz morna das quatro paredes. Corpos lavados em suor, que brotava dos poros de um amontoado de células, geneticamente, unicamente organizadas. Oh eu sorri e por momentos fui feliz!

Informações Adicionais:
Hoje conluo que até eu consigo ser optimista. Orgulho-me.
Hoje sou somente Marta, a Caleidoscópio foi pó armário! :)

O outro lado de mim


"She's waiting like an iceberg 
Waiting to change 
But she's cold inside 
She wants to be like the water"

P.S. -  Obrigado por não me deixarem esquecer me de mim! Hoje apesar do bafo a verão... sou água!

29 de maio de 2009

Not Tonight

Hoje foi mau dia para escolher jogar aos contos de fadas! divido me em mil facetas para compreender, para aceitar, para seguir para outro lado qualquer, e mesmo assim ainda não estou preparada para ver o mundo como tu vês...

a minha questão é... algum dia vou estar? o que vai o tempo trazer?

acho que não quero saber, talvez por isso ainda ande nestes joguinhos de contos de fadas do faz de conta...


já não me digo mais nada hoje....
até amanhã (querido blogue) ;)

26 de maio de 2009

Enjoy The Silence

Silêncio é a minha medalha de ouro,
é o meu desporto preferido..
Silêncio é a ausência de diálogo nesta nossa coexistencia inexpressiva.
Silêncio é a única coisa que tenho para te dar,
e é a única maneira que me resta de te amar.

O meu silêncio não é fuga nem teimosia
O meu silêncio é o que resta de mim,
depois de tudo o que dei,
e de tudo o que me foi roubado.

Este silencio não é vitória nem derrota.
É contentamento,
mas dói como ferida que teima em não sarar.

O silêncio não é arma nem defesa.
É apenas, o único lugar onde ainda existe tudo o que já não tenho.
É um lugar pleno de afcetos e emoções
Objectos abstractos sem cor, forma ou tamanho.

O meu silêncio é a pegada do passo por acontecer.

15 de maio de 2009

Homenagem às relações humanas

"Today's the day my life begins. Today I become a citizen of the world. Today I become a grown up. Today I become accountable to someone other than myself and my parents. Accountable for more than my grades. Today, I become accountable to the world. To the future. To all the possibilities that life has to offer. Starting today, my job is to show up wide eyed and willing and ready. For what, I don't know. For anything. For everything. To take on life. To take on love. To take on the responsibility and possibility. Today, my friends, our lives begin. And, I for one can't wait."

"You never know the biggest day of your life is the biggest day. Not until it's happening. You don't recognize the biggest day of your life, not until you're right in the middle of it. The day you commit to something or someone. The day you get your heart broken. The day you meet your soul mate. The day you realize there's not enough time, because you wanna live forever. Those are the biggest days. The perfect days."


Um brinde sem copo e sem conteudo aos melhores dias das nossas vidas. Àqueles dias que são perfeitos mesmo quando nem sequer nos conseguimos aperceber.
Outro brinde ao verbo finalizar... ao fim de etapas, e ao que três anos fizeram com todos nós!

Amanhã, apesar da contradiçãozinha, eu sei que vai ser um dia desses. Não vai ser o meu dia desses, mas é o dia em que espreito por cima do ombro, pisco os olhos e fico abismada com o percurso que temos feito.Fico abismada com a possibilidade das etapas seguintes e do que elas podem fazer por nós.

the drugs don't work

All this talk of getting old
It's getting me down my love
Like a cat in a bag, waiting to drown
This time I'm comin' down

And I hope you're thinking of me
As you lay down on your side
Now the drugs don't work
They just make you worse
But I know I'll see your face again

Now the drugs don't work
They just make you worse
But I know I'll see your face again

But I know I'm on a losing streak
'Cause I passed down my old street
And if you wanna show, then just let me know
And I'll sing in your ear again

Now the drugs don't work
They just make you worse
But I know I'll see your face again

'Cause baby, ooh, if heaven calls, I'm coming, too
Just like you said, you leave my life, I'm better off dead

All this talk of getting old
It's getting me down my love
Like a cat in a bag, waiting to drown
This time I'm comin' down

Now the drugs don't work
They just make you worse
But I know I'll see your face again

'Cause baby, ooh, if heaven calls, I'm coming, too
Just like you said, you leave my life, I'm better off dead

But if you wanna show, just let me know
And I'll sing in your ear again

Now the drugs don't work
They just make you worse
But I know I'll see your face again

Yeah, I know I'll see your face again
Yeah, I know I'll see your face again
Yeah, I know I'll see your face again
Yeah, I know I'll see your face again

I'm never going down, I'm never coming down
No more, no more, no more, no more, no more
I'm never coming down, I'm never going down
No more, no more, no more, no more, no more

The Verve

14 de maio de 2009

Abstracticens concretans

Inicia-se a revolução!
(palpitações... a mente viaja procurando justificações para o injustificavél)

Deram-me umas moedas, qual pedinte de amor.
Em mim, a revolução começou.
Começou o liberalismo abstracto das ideias a vir,
tal como estrangeira num país que é meu
tal como a arvore, que no meio do temporal, não abdica dos seus ramos.

Eu estou em todo os sitios onde já estive.

(FCSH, 11 de Maio)

13 de maio de 2009

A noite

A noite foi o que me restou no final deste dia. Estou no ir voar para o ceu cheio de estrelinhas!

"Kids" no pensamento mens!

7 de maio de 2009

Família - parte II

Uma outra coisa sobre família. 

Quando se ama, conhece-se, 
e quando se conhece, compreende-se, 
e quando se compreende está-se lá.
E quando se está lá nunca se desiste.

Talvez seja eu que seja exigente demais, mas no meu dia-a-dia tudo deixou de fazer sentido.. No entanto é suposto eu continuar a rir e a ser feliz! 
Não vou ser um palhaço, quando tenho direito a fazer cara feia, vou fazê-la.
Quando me disseste temo-nos umas às outras, foi como se no meio desta merda toda, houvesse uma luzinnha a brilhar.. Enfim quero que saibas isso.

destino

O teu destino está traçado pela simples curiosidade que o amanhã desperta em ti.

Suposto?

É suposto veres as pessoas a transformarem-se em bichos?
É suposto seres carne e sangue?
É suposto sorrires como se te obrigassem?
É suposto usares máscaras?
É suposto confiares no inimigo?

6 de maio de 2009

Abismada. Isto é só um sentimento provocado por uma acção, mas dada a facilidade que se tem em se esquecer tudo e mais alguma coisa, achei que era nice fazer referencia neste meu blog a este meu abismamento. Para mais tarde recordar.

Naive Song

An happy girl
An happy boy
An happy son
An happy friend

Are living in a happy world
Are living in a lonely world

An happy life
An happy love
An happy mind
An happy soul

Were living in a happy world
Were living in a lonely world

Mirwais

O feitiço virou-se contra a feiticeira

Amo como se nunca tivesse amado antes.
Gostava também de viver como se tivesse acabado de nascer.
Mas o dia-a-dia é feito de amanhãs...

Os amanhãs são prisões de pedaços de alma,
demasiadamente bem construidas para poderem ser destruidas. Inquebráveis!
Mas chegando à conclusão, que infelizmente, dependo dos amanhãs,
chego também à conclusão que não consigo viver hoje....

E que talvez nunca vá ter os meus prisioneiros mas esperançosos amanhãs.

Um dia



Um dia vou ver esta fotografia sem ser no papel
Um dia vou salvar uma vida
Um dia vou morrer e nenhum anjo me vai tentar salvar
Um dia vão-me bater palmas
Um dia saberei o que é a paz perpétua

4 de maio de 2009

Família

Hoje tenho algo a dizer sobre a família. Família é ires dar um passeio e ver o pôr do sol, é tomar um café, é falares das coisas triviais do teu dia-a-dia, dos amores e dos desamores, das músicas e dos filmes... é jogares no euromilhões simplesmente porque sim.

É teres memórias e esperanças, olhando nos olhos do teu "familiar". E é sobretudo saberes que "whatever tomorrow brings, they'll be there. With open arms and open eyes". Yeah!

Achei que era tempo de lembrar e louvar a minha familia. A única que tenho sem qualquer tipo de laço prévio. Sem vocês as minhas noites escuras nunca teriam tido qualquer significado, pois acho que ninguém se teria lembrado de me mostrar a luz dos dias claros. E por isto tudo, à minha ana e ao meu joão, à minha nina e à minha carla, à minha sandra e ao meu helder, aos meus cprianos todos,

Obrigado!

3 de maio de 2009

Rastos e restos de ridiculos poemas de amor!

Não me precisas.
Não me amas.
Não me queres
O que estás a fazer dentro de mim?

Sou a sombra de quem foges
Sou o pedaço de luz onde te vais encontrar

Hoje acordei. Olhos cerrados, dormentes... doentes. Loucos de saberem, que ao abrir,
não te vão ver

Sou tua. Como alma num corpo que não me pertence.

Trazes vestida a cor do teu amor duro,
misturada com a cor da minha paixão quente!
Pintada no teu corpo,
mole e dormente.

Amo-te gigantemente.
Amo-te assim, porque no fim,
nunca mais vou poder dizer-te
que te amo assim!

A minha liberdade: perco-a infinitamente mais, quando começa a tua.


1 de maio de 2009

Hoje...

- colei em mil cigarros, a saliva de mil beijos que não te dei.

- vagueei à procura do nada, mas encontrei-te a ti! e não percebo o que isto sinifica

- senti saudades de uma eu, que antes odiava

- encontrei o amor nas coisas mais terrenas, e o ódio nas coisas mais ideais

- fiz uma lista (para o caso de ganhar o euromilhões)

- passei vinte e quatro horas sem falar absolutamente com ninguém. foi cansativo

3 de abril de 2009

Poema a duas mãos - Segundo

Vou desfolhando a estrada da vida
cantando o silêncio de quem deixei.
Na calçada perdida, para trás
olhgo e lembro o que não agarrei.

Aquilo que não me arrependo...
Orgulho-me!
Orgulho-me do sol na minha cara...
Orgulho-me de tudo o que não fiz!
Tudo para ser feliz!

Pedras que rodam de encontro ao meu passado, como
rio contrariado

Um pássaro que aterra em direcção ao céu... Um pássaro que talvez viva,
só para voar...
Sem comer e sem dormir
Voar!

Mas tudo era alto demais
Na praia da vida as ondas encalham
A areia finge-se imparcial
As sombras baralham
e eu
não te consigo querer mal,

porque te amo!
Sem saber o que é amar
corro sem saber o que é andar

Mas minto-me a saber o que é enganar...
porque o amor,
dá mais voltas que um nó...
de um barco que navega contra o vento.
Porque o amor é a imensidão de um mar

Kaleidoskópio & Sengo

Poema a duas mãos!

Hoje, não consigo não te amar.
Hoje, não consigo te evitar.
Hoje, não consigo te tocar.

Tocar o céu sem voar
sorrir à lua numa noite de luar
tentar e tentar
amar o teu sonhar.

Amar o teu sabor, a tua foma, a tua cor
Amar-te.

Amar-te e acreditar-te
o futuro a perder-se
esvai-se entre os meus dedos
como a areia que mede os meus medos
sem arrepender-se.

Arrepender-se nunca!
Nada se perde tudo se transforma.


Transforma. Dentro da mesma carapaça
hipócrita
sem salubre.
Insigne aquele que escapa.

Escapa o fogo, aquele que me levará à morte.
Queimando devagar como uma fénix...
sempre renascendo.

Renascendo do mar onde ardeu exuberante
Permente de si, ausente de tudo
Das cinzas a água e o sol flamejante.

Das cinzas a água e o sol flamejante.
Correndo por minhas veias como luz,
invisível
mas quente e louca para te possuir...

Possuir a doença da locura
brutalmente perdida nas asas do tempo,
voando em direcção da pura anarquia.
Antitético voar que tão longe me levas...

Antitética Antígona... sou eu... Morta, renascida
Sempre a pulsar,
Fénix.

Kaleidoskópio & Sengo

25 de março de 2009

É assim!

Um coração partido
É como um braço,
Que perdemos na guerra...
E  que deixámos ao acaso